6.12.10

o que resta

faz tempo que não escrevo
não preciso, penso eu...

Na verdade não preciso de muita coisa
ou de nada. não preciso de nada.

estou bem, da mesma forma que critico
as pessoas por estarem. Mas estou.

Nem tenho pensado, também não preciso.
nem lembrado, nem preocupado, nem amado.

mas secalhar preciso. como tantas outras coisas,
escapou-me. não tive tempo, não estava lá.

mas enquanto vemos a acontecer, acontece connosco.
e outra vez. procrastinei. e outra vez. procrastinei.

até ao dia que, quer seja quer não, já foi.

Hoje tive de pensar... não muito mas o suficiente.
penso eu. mas ao menos pensei.

e como costume, escrevo o que a mente criou.
um desabafo do que vai passando e não lembrando,
do que no faz perder a moral de aparecer, ser e viver.

porque no fim o que resta, ou melhor, o que não resta,
é precisamente o que não pensámos, porque estávamos ocupados.

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