23.9.11

Urge o tempo de contar

Urge o tempo de contar...
já ontem aconteceu e acontece com o tempo
acontecerá para sempre enquanto deixar,
ou enquanto conseguir, guardar para contar.

e guardo tanto quanto nunca pensei
tanto quanto nunca consegui
e aí pensei, deixei... desisti.

e se tanto quanto tem o tempo,
é tudo o que tenho para dizer
então não posso guardar para sempre
não sem um pouco se perder.

e perde-se hoje e perde-se amanhã.
no tempo que corre, no tempo que urge.
no tempo que espera que eu não espere
que vá algum dia parar

e quando não estás,estou eu um pouco
guardando o que resta, aguentando o sufoco.
mas não chegas. e voltas a não chegar...

mas chega outro, chega alguém.
alguém por quem não se tem, nem vontade de esperar.
mas chegou, ora essa! mais rápido que a promessa,
mais rápido que o sonho de que nunca me irias deixar.

30.8.11

felicidade

passamos tanto tempo da nossa vida
tanto tempo como o que não há.

pensamos que chega, que é suficiente,
e corremos sem nunca chegar lá.

é um caminho longo, muito longo,
quase tão longo como o próprio tempo,

que a sensação de que chegámos dura pouco,
dura só e apenas, um momento.

felizmente sei onde está, ou vou sabendo.
não corro que ela aparece, que ela vem,
e que ela volta, tão depressa, num momento.

e se a procuro mais do que devia,
e se acredito como nunca seria,
apenas a perco, apenas a via.

então agradeço-te, como já o fiz, naquela noite fria.
digo-te dos teus jardins: "que belos" e da tua fonte: "que linda",
que incrível este castelo, a magia, e tudo mais que não finda.

que bela esta alegria que me deste. nunca bela em demasia,
sempre quente e nunca fria, que hoje venho recordar.
ainda a tenho, certo é, mas não igual. nunca igual.
o que temos hoje só hoje dura, o amanhã é um rival.

então brindo ao que me deste, brindarei ao que me darás,
e como o tempo que não permite, nunca voltarei atrás,
seguirei o meu próprio caminho que não sei para onde vai,
sei apenas que vou por aqui, sei apenas que me levarás.

Nem tu nem eu. Nós não.
Desfrutaremos de tudo até ao fim.
Terminou! Brindemos.

14.8.11

tu

estranha forma de dar importância a sítios, a lugares.
a casas, escolas, ruas, jardins... até cidades e países.
de longe é neles que reside a importância, o valor.

e hoje que me despeço mais uma vez, de mais um,
e hoje que tropeço na recordação, num jejum,
não pela falta desses sítios mas das pessoas,
e elas, e as coisas, e tudo o que as fez,

choro.

e tu que vais pelo mesmo caminho, fazes-me hoje, mais uma vez,
implorar para que seja diferente. nesta certeza que sempre tive,
nesta dor que guardei para depois e nesta morte que ainda vive.

2.2.11

anestesia

Foge...foge que urge o limite de fugir.
não sais nem vais sair, se ficares e não fugires...

no limite do que dói, na ânsia do para sempre,
é tão ténue a diferença que nem se nota a presença,
do que não podes conseguir, ou do que não queres,
ou do que tentas, ou do que que te persegue.

sabes tão bem hoje como antes, já fugiste e já ficaste.
e para além do que encontraste, nada resta nesta peça,
é ir além e voltar, é não saber onde paras, onde ficas.
Onde morres e onde acreditas que até lá podes ficar.

mas não é novo, nunca foi. nunca mudaste para melhor.
pensavas que mudarias, que mudaste, que serias,
mas não foi. e repito e repetirei, não me ouves mas gritarei,
que isto não é o melhor que terás. e ficaste.

igual, igual, igual. mudar não o faço, de novo o mesmo discurso.
falo para mim que hoje me escrevo. mas não me leio.
como se o fizesse de olhos fechados, de cérebro parado.
só com alma e amor, o suicídio que faço sem ódio ou rancor.

uma anestesia pura que me amolece mas que de vontade carece.
mas não precisa ora essa... já me toca e me arrepia,
mesmo longe penso eu. mesmo mesmo longe... penso eu.
penso eu de novo...
penso...
e penso...

6.12.10

demais

muitas vezes me refiro `a vida, demais!
ao amor tambem, `a paz e `a alegria
`a amizade, saudade e utopia.

ja os achei mais importantes, mais reveladores.
ja achei k nunca viveria sem eles. hj vivo.
com todos e sem nenhum, num banquete em jejum,
num desprezo que tanto preciso e valorizo.

entao volto a tentar ligar a esquerda a direita
o que dispenso e o que se aproveita,
a loucura que sempre espreita, e percebo que nao dá.

será?

E se é possivel? Nunca achei que sim,
hoje acho. Não tenho a certeza.
Diferente já o disse mais vezes,
especial também... por isso não sei.

Não sei que te chamar, não domino
o português assim tão bem, será? Também!
Mas é dificil saber, crer e mais dizer,
que longe vais e longe ficas, de tudo!
O que vi, conheci...

não sei se és para mim, talvez.
mas gostaria porém, de te ver mais além.
De te ver sem mudar, e a saber aproveitar
essa magia que transpiras, essa estrela que te guia!

o que resta

faz tempo que não escrevo
não preciso, penso eu...

Na verdade não preciso de muita coisa
ou de nada. não preciso de nada.

estou bem, da mesma forma que critico
as pessoas por estarem. Mas estou.

Nem tenho pensado, também não preciso.
nem lembrado, nem preocupado, nem amado.

mas secalhar preciso. como tantas outras coisas,
escapou-me. não tive tempo, não estava lá.

mas enquanto vemos a acontecer, acontece connosco.
e outra vez. procrastinei. e outra vez. procrastinei.

até ao dia que, quer seja quer não, já foi.

Hoje tive de pensar... não muito mas o suficiente.
penso eu. mas ao menos pensei.

e como costume, escrevo o que a mente criou.
um desabafo do que vai passando e não lembrando,
do que no faz perder a moral de aparecer, ser e viver.

porque no fim o que resta, ou melhor, o que não resta,
é precisamente o que não pensámos, porque estávamos ocupados.

23.10.10

falta de nada

Hoje sigo a viver,
já ontem seguia e para além do que sentia,
não havia nada a temer. Hoje ainda menos.

Só expectativas, só o acreditar e confiar,
aquela esperança que não eu, mas alguém,
contruiu na minha pessoa, num tal futuro
que se falhar ninguém perdoa!

Mas não há grande solução, hoje contínuo,
de cada vez mais assustado, com mais pressão,
com mais sabedoria também, mas a sempre saber
que é ao caso que sei viver!

É difícil de descrever, não é mau nem faz sofrer,
mas torna-me frágil esta dormência, esta fraqueza,
esta ausência de sentimentos, feridas, momentos.
Esta inércia de ser, este relaxe, esta certeza.

Sem final preparado, conclusão evidente ou prepotente,
digo adeus e até já, foste hoje e não virás,
nem em rimas nem em vida, mas com a força que te trás.

19.4.10

equação

e se tudo for uma equação?
e se a matemática explicar
porque penso que te odeio
quando o que quero é te amar?

e se tudo isso for verdade só quero aquela derivada
a que me faz viver, a que aumenta quando varia,
que morre e nasce todo o dia e só acaba quando quiser

não sei como não sabia,
então continuo nesta agonia
que não tem outra forma,
outra norma ou regra.
assim terá que ser,
de agora até saber,
o que resta para mim

mas entretanto não passo mal,
penso muito mas não me canso,
repenso e sem descanso, morro de não saber.

mas seria injusto se me queixasse e se deixasse,
que não fosse a força maior e a alegria de eloquência:
- uma vida diferente, que mude e se repense,
e que no fim não sirva, mas se guarde para sempre-

30.3.10

The umbrella

We should be like this…. Crazy
We should free our mind and fly away

Like I did

Like if the world finish tomorrow
Coz sometimes we blink. We close our eyes
And we fly away to a place where we cannot be find

And then u discover that u miss the moment
The one that could change this, to be like before again.

Like this feeling that is so strong, so real, so honest…
But just lasts today.
And tomorrow and in the short time that make us feel happy.
It’s more honest like this. With a deadline.

It’s a bad world with so many turns
That we will just meet in next life
And if we forget this special moment
At least we will save the umbrella, the rain,
And everything that makes us feel one.

In our difference we feel together
We feel like if could last forever.

Krakow...

Neste cinzento berrante digo adeus.
Não é fácil, mas tenho de o dizer.
Deixo para longe um pouco de mim.
Não me descobri, já sabia que era assim.
Mas procurei e encontrei mais que antes.
Pior e melhor do que o que a vida me dizia.

Agora sei o que perdia…
E não era mais do que o que eu sou.

Então parto fundo para longe, para dentro,
De um lugar que me ama e me diz hoje e sempre,
Que já sei do que preciso.
Faço então da vida um improviso,
E vou para o lugar onde pertenço.

Mas guardo-o para sempre.
Pelo menos até saber, até assim ser.

E quanto for semelhante esta raiva,
Ao que sinto quando me vou,
Fecho os olhos e penso em ti,
No que aprendi, no que mudou.

23.2.10

Ao fundo

Barco que rodopias e não sabes onde parar.
Barco que desorientado te perdes no mar.

Guarda-me a última das ajudas que me afogo,
vim de longe e não encontro, uma forma de viver.
Está forte e rude esta calmia, que hoje me atraiçoa,
que me engole e não perdoa este ódio de te ver.

Não será mesmo ódio te confesso, nem alegria todavia.
É o mal estar de não saber, de onde parto a correr,
onde paro para beber e quando posso de novo morrer.

Afogar-me no que é fútil, no que não sou.
No que me tornei. No que me tornaste.

Numa diferença que perturba... e que não muda.
Não muda quem mudo cala mas sempre volta para insistir.
Mas irrita e incomoda do nascer ao fim do dia,
do desprezo à companhia, da diferença à empatia.

Mas não no amor. Este solta as amarras e naufraga,
ou naufraga-se enquanto revida e revive o que viveu.
Mas é amor. Não o podes mudar, não o podes esquecer,
e bem podes morrer sem nunca o prever ou controlar.

Sou rei mas não posso. Isto não posso.

Está fora do meu poder, da minha habilidade e confiança.
Está longe de ser a força de quem perdeu a esperança.

Obrigado por te conhecer. Foi um prazer.
Foi um privilégio à medida, dos meus mais antigos sonhos.
Uma loucura desmedida, quero fazê-lo de novo,
talvez não amanhã, mas sim numa outra vida.

13.2.10

"platonia"

Louco daquele calor, da angústia e da dor,
Agarrei-te nua e crua.
Livre de tudo, pronta para tudo.
Mas soltei-te, sorri-te e lancei-te
para longe do que já fomos,
para uma lembrança sombria daquela verdade tardia
e dum sonho velho e cansado de quando ainda era dia.

Um sonho que ao sobrar, guarda a ideia e faz girar,
um longa tempestade de alegria.
Aquela que partilhámos, aquela que ainda procuras,
aquela que me roubaste.
Quem sabe se a guardasses ela ainda hoje existiria.

Mas é tarde. Tão poucas vezes na minha vida o soube.
Tão poucas foram as vezes que o disse.
Mas hoje grito para quem me ler, que é verdade que até morrer,
tens um sabor especial.
Tens um toque divinal e uma "platonia" que não finda.

Mas não és.
Nem assim tanto gosto, nem assim tanto escrevo,
e nunca assim tanto penso, no tanto que te amo.

Mas se é platónico que se guarde.
E que nunca se sinta ou se cheire.
Que nunca se toque ou se beije.
E que para sempre se lembre com desejo.

29.12.09

ainda

não mereces que te dedique
e te escreva e que implique
tanta arte e tanto amor.

digo isto mas prescrevo,
este desejo de parar
com uma escritura de relevo

foste má e eu odiei, guardei fundo o que encontrei,
e enterrei-o só para mim. Sim, é para ti, ainda te escrevo.
tanto tempo depois, sabia que voltarias a ler o que penso.

trocaste, encontraste, amaste e desprezaste o que viste.
foste feliz quando o viste, e voltas-te a sorrir.
não te critico mas condeno, o sonho longe de ser terreno,
que criaste só para ti.

27.12.09

herança

não te guardo por seres igual
nem por saberes da diferença
que tão perto nos une e separa,
nos recria quando muda e se mascara.

mas guardo-te. Sei que o faço.
talvez por seres assim... como és.
tens muito de uma herança tão pesada,
como a tua personalidade tão marcada.

será que mudará este meu destino?
serei confiante, quando o teu olhar contrastante,
disser que me quer.

---

pois voas mas não perdoas quem quer voar tambem.
sorris e vais mais além, e perdoas-me como quem,
tem moral para perdoar.

e aí estarei sentado, ao teu lado.
abraçados no que é nosso, no que ninguém tirará.
coisa nenhuma, força alguma, sabe a essência,
conhece a verdade e o que criei ao te beijar.

não quero mas acontece, perdoo-me pois sempre careçe,
de verdade e de calor; da loucura e do fervor, do amor que ninguém esquece.

vai tu que és antiga, foge longe e não fustigues
o que guardo de outros tempos...
sê bem vinda e muda o mundo, gira as ideias solta as teias
do que sempre quiseste guardar...
a ti nao esqueço; nem nunca mudarei
o sonho que soubeste criar,
serei teu num mundo louco,
numa alegria e num conforto,
que nunca heide encontrar.

7.12.09

Arquivo... Colé

vi hoje o que vejo sempre
uma magia enloquente
que há nove anos conheci.

Um chão que resiste
aos calcanhares furiosos
e às lagrimas tristes.
Uma hora de lembrança
do velho tempo esqueçido
de como foi em criança.

A igualdade dos sonhos
faz-nos tao bem perceber
que só o adeus é medonho
e não há nada a perder...
E com as armas em punhos
loucas de amor, vivas de orgulho,
lutamos confinantes, por um futuro.


E aquela avenida triunfante
ganha um doce especial
que não se sabe se é eterno
ou se terá um trágico final.

Mas hoje tudo é vivo e faz sentido
para nós que com tanta alegria
sentimos esta primaz magia...

27.10.09

Bem onde não posso chegar

Foi-me roubado, foi certamente
Foi porque já não é meu, nem teu
Parece não ser de ninguém
Quando o tento dar a alguém

Sempre foi de quem o mereça
Só não o encontro, mesmo que queira
Que o tenhas e que o uses
Que o guardes e não mudes

E entretanto espero e procuro
E reservo-me no escuro
Para não chorar.

Não é justo que te veja
Que seja quem te deseja
E não te possa dizer
Amo-te sem te ver.

Entretanto fico-me porque não consigo
Porque não tenho forças para te mostrar
Para me erguer e gritar.
E sair deste escuro, deste fosso fundo
Deste só meu amargo profundo
Que ninguém parece ligar.


E se me guardo é porque te respeito
Vejo-te como um amor perfeito
Que não posso mas guardo no peito
Até ter força para gritar.

26.6.09

cya next life

Vejo-te em breve, vejo-te num minuto
Ou será dia, mês, ano? eu diria vida.
Não que queira, não que escolha.
Não posso nem o farei, apenas esperarei.

Até à próxima vez em que será assim,
Pois não basta vermo-nos. Abraçarmo-nos.
Terá de ser como agora, igual a este momento
A este sentimento que nunca voltará.

Entretanto guardo-te cá dentro com carinho,
Guardo-te em mensagens, em desejos
Em sonhos e esperanças de quem espera
E desespera, mas nunca alcança.

Mas tu nunca serás minha, outra vez.
E enquanto te tiver perto e lembrar
Sentirei o teu toque, a tua alegria
Sem chorar até que seja de novo o dia

Até lá,
Até ao nunca,
Até ao amanhã.
Que estão apenas separados
Por um abraço que será sempre lembrado
E por um doce e eterno obrigado.

23.6.09

no outro lado

longe daqui,
longe de ti.

não são os sitios...

is not about the places
is about something more important
something that can change our minds
that can make us flight, and find.

whatever, doesnt matter.
if is two or more, a knife or a fork
we have to be there. We are always safe
if we are enough brave to still and believe.
to look and forget, that the persons we meet
are the important part, the bravest heart
and the reason to be.

you should see what u want,
that what u wanted to be there,
was more then enough to smile
to look into your mind and to be free.
You tried once and once and u couldn't.
It was not about a man, it was about them.

you will not save just the place.

e se não puderes aproveitar tudo
enquanto falas e sorris, para quê?
de que serve pedires bis?
bebe deles que te fizeram feliz
e protege-te so do que ficou,
bem e mal feito, mas que durou.

3.6.09

A carta - 03-06-09

Tenho que encontrá-lo...
ele está lá. à minha espera.
pronto para que o tome
e para que nunca mais retorne
do local onde parti

e tu estás lá também
não sei quem és, mas estás.
naqueles 5 minutos em que nos beijamos
ou talvez nos 10 em que esperamos
que seja eterno e não fugaz.

posso estar enganado e errar.
pois aquela força que me dás
mudou tudo o que em mim via.
partiu-se o cálice desta utopia
mas não desisto, não sou capaz.

mas aprecio o que me fazem
de bem e de mal certamente
é com ambos que vos vejo
que vos escrevo em desejo
e peço que seja para sempre.

quero-te por seres só tu
a fazer de mim mais que um homem nu
e a dar-me asas para viver.

encosto-me no teu ombro
e rezo para que ainda vá a tempo
de te olhar e de te dizer
que te amo sem te conhecer.

14.5.09

sabia que ias...
que ia custar mais do que agora
que ia doer. mas não queria.

nem acreditar nem dizer adeus
quanto mais pensar no futuro
aquele que foi cruel e duro
ao destruir o sonho meu.

quem diria... quem diria...
eu nunca, nem mesmo tu
que me deixas-te só e nu
que isto poderia acontecer

já lá vai tempo... distancia,
saudades de toda a importância
que pensei que tivesses para mim
não hoje, mas até ao fim.

ai... ai... que desabafo
não penses nem fiques triste
não leves a mal o que faço
não te esqueço, como pediste.

escrevo para mim, é o meu segredo,
que também é teu, se o quiseres de volta.
ele no fundo é revolta, mas também medo.

23.4.09

cause of u

i want to see u,
in another night... or life.
i want to be with u
to meet u again

to start again
in a different moment,
but is not so simple
not so easy

sometimes i feel u
and i miss u
and i don't know what to do

u are near me
all the lonely time
and i can imagine
that this dream was mine

and i just walk
along that river
spending the time
seeing the stars
the moon, the lights

seeing our entire life
passing in front of us
wishing one more minute
wishing to be easier to say goodbye
and dreaming that someday,
everything will be fine

19.4.09

Obrigado J.H.

I'm trying to imagine
is not so easy
I'm trying to tell you
what happen in the evening

first was strange
i thought that was
why i found u, and felt u
now is not anymore
is just the feeling
is just the pain

now i know why, when i cry
its easier, its special
its what i am. like the night.
like that morning, like that moment.

i was expecting something different
to hide, to fly and go out of here
and find her in another place
with me, just like my dream

but im here again, i didn't run.
but im still searching. alone.
alone in what i believe.
in my strange and special difference

in this charming gift,
that is not enough,
not for u, not for us
but i write and i try

one day will be different
when i find u again
to tell u like i always did
that u are more then that.

17.3.09

Quem escreveu

és pequeno e moribundo
diz o defundo
não, não serei como tu
sou velho mas durarei,
mais que pensas,
mais que planeei!

nada me importa
se puderes dar-me
a certeza que farás
o que prometeste
que um dia farias

vou continuar e acabar
com a consciencia tranquila
fi-lo como sempre,
ameios como sempre
como me amarão a mim.

E quando so restar o que não presta
agarra-te a um retrato daquela noite
abraça e beija o acto, a maravilha e o abstracto
que um dia voltará a ser esse o pacto

23.2.09

Claro que sei

Claro que sei, Sei dizer-te

Porque sempre soube

Sempre me admiraste por isso

Por ter um jeito, um dom.


Mesmo quando dói

Ou quando é difícil

Eu consigo, e volto a conseguir…

E tu admiras, e tu amas.


E eu amo ver-te assim

Amo saber que foi por mim

Que descobriste, que encontraste.


O que não sabes, o que te escondo

É que minto quando confirmo

Que é de mim que sai este poder

Este jeito de saber, esta forma de dizer.


Não é, eu confesso, e te digo com carinho

Que é de alguém muito maior.

Alaguem que dá o seu suor

Para fazer de mim mais e melhor


Essa tua magia, faz mais que imaginas

Faz mais que alegria, mais que amor.

Faz de mim forte e perfeito

Faz-me erguer e encher o peito,

Quanto estou perto de chorar.


Lembra-te disto se sentires

Que te falto no coração.

Acredita que nunca lá faltarei,

Porque sem ti sou homem, não rei.


Sou só eu, normal como serei

Se algum dia perder este dom…

Tu

26.1.09

o agora

conheci-o hoje, novo... velho.
Tenho-te comigo há muito
sempre foste refugio
sempre foste amor.
Hoje conheci-te mais... melhor.

Hoje é mais difícil dizer-te,
Já foi diferente, já foi fácil.

Eu mudei, tu mudaste,
em ordens e momentos diferentes.
Caminhámos em sentidos diferentes.
Mas o que nasceu, é para sempre.

No mesmo dia em que te conheci
mostraste que nada dura para sempre.
disseste-me que o que sentias, duraria e
que afinal de contas, só algumas coisas,
só muito poucas coisas duram realmente.

Não sei, não conheço.
O próximo dia é um endereço
de uma nova loucura
de uma mudança que perdura.

Por isso resta o agora.
Esta aventura que nasce e morre
apenas agora, neste momento
e que quando acabar, não voltará.
Nunca mais.

Antes que te esqueças,
antes que não possas ou não mereças,
temos o agora. Que é nosso,
e que quando findar em breve,
encerrará este sonho leve.

Já daqui a momentos, daqui a instantes,
mas só depois de escrever
depois de te dizer, que
todo este agora, foi apaixonante.

Obrigado a ambos

9.10.08

Eu só sei

nem hoje, nem ontem
soube o que sinto
sei que nunca o disseste
quando te pedi
alguem mais que perfeito
eu via em ti.

eu só sei,
todas as coisas que vi
cada vez que por ti sofri
só amor e só tristeza
tanta raiva e tanta dor...
eu não sei,
onde fui e para onde vou
onde escondes esse amor
essa forma de pureza
tanta raiva e tanta dor...

quis que mostrasses
um outro a mim
quis que me encontrasses
eu estava la, e não vi
não disseste
nem perguntas-te

tentei perguntar
não sabias...
e eu calei, outro dia

eu só sei,
tantas coisas que em ti vi
tanta vez que por ti sofri
tanto amor tanta tristeza
tanta raiva e tanta dor...
eu não sei,
onde fui e para onde vou
o que escondes esse amor
essa forma de pureza
tanta raiva e tanta dor...

desde de sempre
só o vi uma vez
fiquei triste e magoado
nunca mais.
nunca antes.
lhe voltei a tocar

não percebo
dou-te um segredo
não o posso guardar

eu só sei,
tantas coisas que em ti vi
tanta vez que por ti sofri
tanto amor tanta tristeza
tanta raiva e tanta dor...
eu não sei,
onde fui e para onde vou
o que escondes esse amor
essa forma de pureza
tanta raiva e tanta dor...

5.9.08

Sempre para sempre

Sei de ti ontem, hoje e amanhã
olho-te frio e penso em apagar
sei que so tu me esperas acordado
quando me ves, com o teu olhar

tenho um segredo guardado para ti
so ao ouvido conto enquanto dormes
mais especial que todo este tempo,
é este amor que ainda recordo

fosse fáçil, não estaria hoje contente
ao acabar com este olhar deprimente
desta esperança, deste forte ardor
deste sonho, desta imensa dor
fosse fácil, e eu já estaria longe
sozinho a olhar para onde foge
aquela magoa, aquela lágrima
e a sorrir por te ver partir

fosse hoje fosse nunca, eu sei que por ti vou esperar.
fosse hoje fosse... nunca para sempre mas só até durar.
nunca para sempre mas só até durar.

não é facil ouvir e entender
que te guardo num lugar cá dentro
que este espaço só te cabe a ti
que só quando choro, te vejo sorrir

fosse fáçil, não estaria hoje contente
ao acabar com este olhar deprimente
desta esperança, deste forte ardor
deste sonho, desta imensa dor
fosse fácil, e eu já estaria longe
sozinho a olhar para onde foge
aquela magoa, aquela lágrima
e a sorrir por te ver partir

fosse hoje fosse nunca, eu sei que por ti vou esperar.
fosse hoje fosse... nunca para sempre mas só até durar.
nunca para sempre mas só até durar.

sei que sentes o que digo
embora guardes no umbigo
tudo o que sabes e ves.

é uma mentira deprimente,
tudo muda e tu não crês...
que ha coisas que são para sempre.
que ha coisas que são para sempre.

fosse hoje fosse nunca, eu sei que por ti vou esperar.
fosse hoje fosse... nunca para sempre mas só até durar.
nunca para sempre mas só até durar.

5.8.08

porque eu sei

hoje sim eu sei que crio
não porque choro no vazio
mas porque sei que sou feliz

já fui mais e eu recordo
até menos e sim queixo-me
pois cedo ou tarde sei que acordo.

vai em frente sei que aprendes
nos momentos de amargura
não os peço, mas perduram
eu desprezo-os e eles mudam.
mudam hoje, mudam ontem e mudam amanhã
pois não podem fazer de conta
que não existe esta alegria!

não me alongo, mas sei que escrevo
não por morte ou por enterro
mas para evitar que assim padeça
daquela tristeza constante
daquele grito mirabolante
de um silêncio que só contigo, foi apaixonante.

27.7.08

Reservo-me

ouço-te... carrego-te...
tas perto de mim, mas até quando?

Sempre resolvi, mas hoje não.
Para mim e para ti, mas hoje não.
tenho guardado no coração
o que fazer, o que dizer.

mas sabes e não ouves, tens medo.
nem a mim nem aos outros, tens medo.
medo de sentir, de saber.

e eu guardo-me porque sei
que só serve para mim
o que tenho para dizer.

poderá? mas não sabes!
poderemos? também não!
entao reservo-me.

sei que estarei sempre aqui.
já não para ti, não para ninguém
será? não sei.

e então reservo-me
para alguém.

20.7.08

Out of mana

ela acaba e parece fantasia
não existe mas eu sinto-a.
e começa a faltar... e muito.

uma poção ou conversão
dificilmente resolverão.

e se eu trocar?
não quero nem posso deixar,
sempre me ensinaram a lutar.

e preciso de toda a vida,
Da força e da magia
de todo o amor que encontrar
de toda a ajuda para me apaixonar

entao ganho-a de novo,
do tempo passado.
de esperar e ver passar
aquela causa que não é perdida
uma batalha já antes vencida.

16.7.08

não há bons motivos para sofrer

engulo forte.
nao ha mais espaço.
está cheio, torçe e retorçe.

nao sei de que.
talvez de saudade.
sempre soube que doia
mas nao tanto. tao forte.

a mim nunca tinha doido.
mas é horrivel.

mas se ha bom motivo para sofrer,
é este.
é aquele
que equilibra a felicidade.

que faz parecer que tudo na vida é uma balança.
que nem sempre, nem para sempre se pode ser feliz.

nem triste, claro.

afinal de contas é por isso k tamos vivos.
é por isso que amamos, que odiamos... que lembramos.

23.12.07

...

Nem sempre sei o que quero
ou o que me faz sonhar,
nao te conto porque temo
que seja mais que um segredo
dificil de guardar.

E arrependo-me desde então
porque tu mereçes que te diga
vezes sem conta e sem fadiga
o que penso no silêncio
o que tanto me intriga.


Não mais terás de perguntar
com o teu dócil e eterno olhar
onde anda o meu pensamento
quando suspiro e te sorrio
abraçado a um sentimento.

Imagino-te enquanto escrevo
és a minha fonte de imaginação
fazes-me forte e sem medo
agora e em cada momento
em que sinto esta doce paixão.

E naquele intante fugaz
em que te olho e te admiro
grito mudo num sorriso
que me tornas especial
que me completas à medida,
e todo o bem que me fazes
é a felicidade que me inspira.


O beijo quente e fulgurante,
o toque suave e apaixonante,
o abraço seguro e sufocante,
o olhar terno e suplicante,
São por tudo o que não digo, mas te dedico...
São as mais puras palavras de amor.

19.12.07

Voltar

Escreves, eu sei que escreves,
Está para longe ou para breve
O momento de voltar?

Conto-te agora, digo-te hoje
Que tenho saudades de te sentir
De te ouvir, de te amar.
Não te chamo, quero-te aqui
Mas com vontade de viver
Com vontade de chorar.
Fazer juntos o que hoje faço,
Numa união desta saudade
E com a raiva de criar.

Assim te espero aqui hoje
Fico acordado neste desejo
Ouves forte e forte eu vejo
Que está para breve este voltar.

4.4.07

Crónicas do estado actual II

À porta de uma mansão
o vagabundo faz barulho
lá dentro vive o imune
já farto de tanta confusão...

-Mas que barulheira!
Calem-me este vagabundo a chorar.
-Não me calo pois passo frio e fome
enquanto o vejo andar de jaguar
mas onde estão os meus direitos?
Esqueceu-se agora que foi eleito?

-Não esqueci, nem esquecerei
estou bem ciente das promessas
mas não é fácil salvar a nação
quando esta está partida em peças.
Não pense só em direitos e haveres
quando nem cumpre os seus deveres!

-O seu discurso não me convence
para a retórica estava eu preparado,
mas no fundo olho para si e acredito,
todo o dia trabalha como um escravo.
Pena ser em negócios meio escuros
e com contratos mais que adulterados
ou eu não sei bem que o seu ordenado
não compra casas noutros estados!

Ofendido com os insultos
o imune liga à justiça
mentiroso, intriguista
mentiu sem hesitação!

-Precisa de ajuda senhor imune?
Mas quem causa essa confusão?
-É um arruaceiro e criminoso
tenta assaltar a minha mansão!
-Vou o mais rápido que possa
prender esse perigoso ladrão.

E sem demoras o vagabundo
está preso e foi condenado
a justiça é cega e não viu
que era o povo revoltado.

14.3.07

Crónicas do estado actual I

Encontrando-se num café
num dia santo sem trabalho
fala o imune com a justiça
que encontra por acaso...

-Bom dia senhor justiça,
Chegou bem pelo seu andar?
-Custa-me ser assim tão cego
mas já me estou a habituar.
-Deixe estar que não há nada
de especial para observar.

-Sabe do vagabundo que é mudo,
chamam-lhe povo ó pobrezinho.
-Nunca mais o ouvi falar
-E ainda bem eu cá lhe digo
pois se pudesse ele não parava
de gritar e protestar!
Não que viva triste ou mal,
que bem viaja e passa férias,
ninguém o entende por sinal,
mas ele vê e tem ideias.

-Mas sabe que mais senhor justiça
vou levantar-me e cumprimentar
um grande amigo de longa data
que me ajuda e que costumo ajudar.

-Que belo aspecto caro cifrão!
Corre bem o negócio dos andares?
-Não tão bem como esperávamos
chegou a altura de me ajudares.
Já conheces as ilhas Caimão?
Tenho um novo jacto particular
não tinha um único senão
ires com a tua família lá passear.

-Fale mais baixo que o Sr. justiça
ainda ouve muitíssimo bem,
e deixa-lo omisso é caro também,
e então que fazemos com o povo
que já só uns trocos tem?
-Ele que vá trabalhar, que
a explorar estamos nós bem!

-Muito bem assim ajudo,
não tenho como não concordar
desde que não haja problemas
lá para os lados do tribunal,
a imunidade nem sempre safa
e não quero ter de viajar
e ir para o Brasil ilegal!

(continua)

Estado

Sempre errado e omisso
mentiroso e ladrão
criminoso burlão
e odiado por isso...

É votado e escolhido
pelo povo castiço
e ignorante também.
Mas apesar disso
choram e gritam
a justiça do além.

É culpado de todos
os males deste mundo
é errado e imundo
do inferno oriundo.

Mal trabalha e mal paga
não faz nunca bem nada
aos olhos de quem escolhe
e de quem vota também.

25.2.07

Dos tempos...

E já sem qualquer esperança
Sussurro em tom de segredo
Ao ouvido do meu anjo
Que é branco e traz o desejo
Da minha ânsia realizar…
E ele diz confiante: “tu és capaz!
Se tentares nunca lamentarás
A oportunidade perdida,
Se falhares ficarás preparado
Para as desilusões da vida!”

E é assim que agora te digo
Com cuidado, sem me enganar:
Penso em ti quanto não te vejo
Nos teus lábios, no teu olhar,
Lembro feliz o teu sorriso,
E dou graças por de ti gostar
Sinto a seda que tens na pele
Sinto a vontade de te abraçar
Sou tímido, mas confesso:
Sempre sonhei com o teu beijar.

21.2.07

O Sujo

Levantas-te com gasto, cansaso e tristeza
para mais um dia de suor, mediocre delicadeza.
Gritas alto por dentro, pedes liberdade e motim,
nem sabes se partes, quanto mais ir até ao fim.
Por ti eu também lamento, mesmo sem saber
se o que sentes eu sinto, ou se me faz sofrer.
Porque estou contigo hoje, amanha e depois
enquanto for viva e glória a memória de nós dois.

Depois segues e eu sigo. Cotinuamos de castigo
e obrigados a viver. Mas já não és mendigo
nem tens orgulho em mentir. És-me indiferente,
não quero mais saber de ti, sai da minha mente!
Mas é então que eu tento ajudar outra vez
já não é igual, quero o significado e os porquês
quero ser pobre falido, vagabundo entristecido.
Quero a jóia escondida, nessa tua moral falida.


Um pensamento mais forte, dita um tal narrador
é motivo que sobre para enaltecer tanto valor.
O que a todos torna moribundos e estéreis;
Para ti é a luz de um futuro mais fértil...

17.1.07

o que és?

Não preciso que saibas
que o sol nasce, dia a dia.
Não te digo, e não descobres
que as marés são poesia.
Não és surda nem parva
não és muda nem limitada.

Entao porque não sabes?

Não é fruto do meu silêncio,
nem de uma qualquer essência
não é a origem de todo o mal
nem da eterna benevolência
mas toda essa ignorância
faz de ti pobre e omissa.

Então porque és assim?

É um segredo, é um mistério
que eu recordo dentro de mim
cada dia de acaba antes do fim,
cada vez que de ti apenas levo
metade do que me pertençe
uma revolta nua e deprimente.

E o que deves fazer?

Usar a chave do progresso,
só mudar seria um sucesso!
Sem medo e com sossego
não te assustes com este breu
que por trás a luz traz paz
e a recompensa, digo-to eu.

25.12.06

Uma forma digna de morrer

Na segurança de um livre pensamento
imaginem como voava aquele vento
antes de o mandarem parar

não temam que não o condeno
não mando nem ordeno
que ele pare de voar

não é justo nem verdadeiro
que não mudem o paradeiro
se a mente vos está a mandar

saibam que é assim que penso
e eu não mudo o pensamento
excepto se achar que devo mudar

sejam livres a todo o momento
e nunca terão um julgamento
que vos faça vacilar

acreditem lá bem dentro
que podem fazer história...
não desistam daquela glória
que veio ao mundo num sono
e levem a sério esse sonho.

só ele tem o poder, a decisão
de vos ordenar uma missão,
um motivo pelo qual viver...
uma forma digna de morrer.

23.12.06

Sua Excelência

Uma chama se diz
daquele fogo voraz
que arde sem combustível
sem uma imagem credível
ou sonho em que acreditar.
Não precisa por certo
tem lá dentro o afecto
de quem lhe vale
de quem o ama.
Este calor não cessa,
não esmureçe nem vaçila
nem tanto se perde
nas opções da vida.
Foi o primeiro e será o último
a marcar a presença da diferença...
No nascimento e na morte.
Não se trata de sorte nem de audácia,
ficará de pé porque faz sentido
e porque seria um trunfo perdido
se tombasse ainda em combate.
Tens a paz que te tras a experiência
tens a confiança da eloquência
tens o amor da inocência...
Vence! Sua excelência.

3.12.06

Um segredo

Sei que te sou
não sei o quê,
sei que te vejo
e não me vês,

Sei que sinto
não sei o quê
sei que me sentes
mas não queres crer

Sei que te ouço
que me queres ter
sei que te amo,
não sei porquê.

Continuo a ter-te
num sonho secreto
continuo a dizer-te
que estás mais perto.
Sussurro e tu ouves
mas não percebes,
não entendes e adormeces
pois quando anoitece
voa tudo, e esqueces

28.10.06

a moral?

Os ladrões nem sempre o são
quando dizemos que os vemos
com a botija na boca ou na mão.
Nem sempre usemos o que sabemos
pois é de ida a volta, a razão.
O crime é sublime quando feito
sem ser visto, na perfeição.

Assassinos têm sempre motivação
excepto se nisso nós não cremos,
matar apenas tem algum senão
se não soubermos o que fazemos.
Porque se perguntar-mos
vocês ou eles nos dirão
antes isso do que morrermos.

São do piorio aqueles vilões,
falsificam os papeis e cartões
de quem tem pouco ou milhões.
Não chores, são apenas cifrões!
Para alguns é triste e injusto
mas quando é o fruto do corrupto,
concordo completamente com tudo.

Qual a moral deste conto?
não sei, não a encontro!
Nem eu nem o texto a temos
não está nem em nós,
nem naquilo em que cremos.
Não sei se é vasta ou vaga,
mas afundou-se com a fragata...
Só a encontrei na ultima página,
depois do índice, na errata!

25.10.06

Gaivota

De céu em mar voa livre a gaivota
atravessando o que já foi a glória
mas que de derrota não passa agora,
velha e sábia, ainda tem na memória
um passado marcado pela magia de outrora
um presente que já só pertence à história.

...

"O que é feito do sorriso de ambição?
Do poderio económico, social e humano,
o amor e a honra eram a tua canção
a confiança e crença no que era um plano
a palavra vitória escrita no coração
um espírito imortal mais forte que o romano
um povo cheio de fé, sem biblia ou oração?"

"O que é feito de tudo o que eu admirava?
Agora olho para ti enquanto secas as lágrimas,
antes nas dificuldades, nem sequer choravas!
Não foi para isto que morreram os mártires
não foi para isto que se ergueram as lápides,
se nem Camões vos reanima com as tágides
estão a afogar-se e eu não vejo as margens."

"Sei que desistir do encanto e ficar à merçê
não é atitude que tome, um bom português
vê o hino e a bandeira, aplaude o presidente
faz com que todos saibam, não és um desistente
nem que seja preciso, encontrar o santo graal
sai ao mundo e prova a identidade nacional
quero em cada rosto profundo o desejo geral
de na europa e no mundo ver vencer Portugal!"

"Até à proxima meu filho
que eu voarei para sempre
e lembra-te,
não me és indiferente
é dificil mas creio
que este povo ainda há-de,
fazer desta utopia a nossa realidade!"

a máquina de voar

Fui um dia descobrir
não era o único a sonhar
em um dia conseguir
subir bem alto e voar
é antigo este desejo
nasceu com a imaginação
era bom mas eu prevejo
não passar de uma ilusão.

Era perfeito poder subir
perto das nuvens lá no céu
ver os deuses e poder ouvir
as verdades como um réu
sentir a virtude e a justiça
não conhecer o que é o azar
nem o ódio ou a preguiça
apenas ser amado e amar.

E quando fui interpretar
com cuidado o pensamento
percebi que só ele me podia dar
esta perfeição de sentimentos.
Tomei então a minha atitude
de com cuidado o conhecer
e o estimular na plenitude
sem nada deitar a perder.

Tu és desejo, és calor
és a chama de uma paixão
meu companheiro, meu amor
órgão de sonho o coração!
Contigo posso esquecer
os limites desta utopia
posso caminhar e correr
e sem limites viver a vida.

Fecho os olhos, penso nele
crescem-me asas brancas de mel
tal como vento voo livre
sinto o teu arrepio na pele
abre o espirito e percebe
quando é real não tem dor
respira fundo e recebe-a
a máquina de voar é o amor.

Não a recuses se a vires.
Não a percas se a achares.
Começa e acaba na mente,
dura mais que todo o tempo...
Até ao infinito, é para sempre!

21.10.06

A esgrima

Um olhar desafiante
uma magia ofuscante
forte, trágica e heróica
é a morte irónica...
é arte, é história!

Sem idades e raças, ou preconceitos absurdos
sejas forte ou fraco, paralítico ou mudo
é na mente que enfrentas os teus medos profundos.
Ser homem de vitória nem que seja uma vez
o momento oportuno de colocares os porquês
é o desporto promovido pela arte de vencer.

De arma em punho, entre o fio de prumo
a audácia, a inteligência e a experiencia
são combustivel credível, para passar mais um nível
vencendo quem nos afronta, quem nos desafia a honra.
A vontade de vencer, e de tentar permanecer
a lutar não pela vida, mas por um punhado de sonhos
de objectivos risonhos, de sucesso, de um trono.

É ser soldado e Rei do que se fez e se comanda
olhar de orgulho um universo, uma proeza, um regresso
sentir forte a batalha que vences dentro de ti.
Quando cai desolado o adversário no ringue
quando perdes feliz por ultrapassares o teu fim
quando sorris de alegria pela derrota honrada
a cicatriz mais fria mas pela glória marcada.

Veste o teu sangue de azul
cobre-o de branco bem vivo
serás um guerreiro da paz
o único nunca vencido!

19.9.06

Adeus Sol

Fui feliz enquanto dormia
Acordei com esta fadiga
E chorei ao ver o sol.
Estava a pôr-se no horizonte
Levando para trás
De cada vale e monte
Um passado, uma lembrança
Um sonho doce de esperança.

Insisto ainda assim
Em leva-lo dentro de mim
À direita do coração.
Tenho lá dentro a recordação
Do que foi e do que ainda é.

Agradeço o que me deste
Pois o teu calor modesto
É de um carinho especial,
No fundo,
Não tenho motivo para sofrer
Pois sei que esta amizade
Nunca se há-de perder.

Não esqueço, pois sou incapaz
De deitar o passado para trás
E de apagar a luz que emites.

Passei a noite a chorar
E a perguntar que magia
Acabou com aquele dia.
Mas a manha não se fez tardar
E com ela o nascer do sol,
Da luz que me vai iluminar.

Confia em mim, brilha sem medo
Sei que já lá vai, e não lamento
Pois hoje acabou o tormento
Quando nasceu um novo dia.

Pela amizade fui curado,
Agora sorrio e estou preparado
Para partir no cavalo montado
Em busca do sonho que lavro.

Por tudo,
Obrigado.

8.8.06

A clássica selva

Mergulho no verde vivo
que este novo dia impinge,
nesta selva saudável
que com violencia atinge
os meus filhos e irmãos.
Tão distante da que nasci
solto ao mundo cruel
sou libertado também eu
neste incerto carrocel.
Separam-se laços de uma magia
do feitiço que nos uniu,
a jornada que nos competia
acabou neste dia,
do paraiso saimos felizes
mas lá no fundo destroçados,
tristes, mas orientados
pelas lágrimas que de sal
não são certamente feitas
mas antes de um açucar,
de uma docura perfeita
de um sonho infantil
do futuro a que assisto,
de uma paixão profunda
de um amor nunca antes visto.

23.7.06

Mundo não pára

É pena que nem na
altura de tomar decisões
o pensamento atinga
as verdadeiras razões
e sem convicções,
é arrastado
e aprisionado na fortuna
de mil ilusões,
no véu do céu
escondeste sombrio:
o motivo do sonho
e a origem do rio,
do sincero calafrio que
milhoes de duvidas causam
ao violarem emoções,
convicções que vão
para além dos cifrões
e até do pecado
são a obra prima,
a criação do diabo
o fortunado pelo
qual és subornado
e deixas de lado
ideologias fundamentais
regras morais
rituais espirituais,
que apesar de serem
não mais que as
utopias dos demais
são essenciais
para preservar
o que identifica
e unifica
a razão de saber
e a honra de poder,
ter prazer em viver...

Não mudo nada que o mundo não mude
não tenho força, sou paralitico e mudo
ainda assim, tenho bem dentro, lá no fundo
o sangue, a prova mais que derradeira
de que a minha oração é pura e verdadeira...

Desejo sorte, já que o talento não iludiu,
e coragem, já que a audácia faliu
tenham fé, não em quem sempre vos mentiu
mas em vós, e em quem nunca desistiu...