23.10.10

falta de nada

Hoje sigo a viver,
já ontem seguia e para além do que sentia,
não havia nada a temer. Hoje ainda menos.

Só expectativas, só o acreditar e confiar,
aquela esperança que não eu, mas alguém,
contruiu na minha pessoa, num tal futuro
que se falhar ninguém perdoa!

Mas não há grande solução, hoje contínuo,
de cada vez mais assustado, com mais pressão,
com mais sabedoria também, mas a sempre saber
que é ao caso que sei viver!

É difícil de descrever, não é mau nem faz sofrer,
mas torna-me frágil esta dormência, esta fraqueza,
esta ausência de sentimentos, feridas, momentos.
Esta inércia de ser, este relaxe, esta certeza.

Sem final preparado, conclusão evidente ou prepotente,
digo adeus e até já, foste hoje e não virás,
nem em rimas nem em vida, mas com a força que te trás.

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