Urge o tempo de contar...
já ontem aconteceu e acontece com o tempo
acontecerá para sempre enquanto deixar,
ou enquanto conseguir, guardar para contar.
e guardo tanto quanto nunca pensei
tanto quanto nunca consegui
e aí pensei, deixei... desisti.
e se tanto quanto tem o tempo,
é tudo o que tenho para dizer
então não posso guardar para sempre
não sem um pouco se perder.
e perde-se hoje e perde-se amanhã.
no tempo que corre, no tempo que urge.
no tempo que espera que eu não espere
que vá algum dia parar
e quando não estás,estou eu um pouco
guardando o que resta, aguentando o sufoco.
mas não chegas. e voltas a não chegar...
mas chega outro, chega alguém.
alguém por quem não se tem, nem vontade de esperar.
mas chegou, ora essa! mais rápido que a promessa,
mais rápido que o sonho de que nunca me irias deixar.
23.9.11
30.8.11
felicidade
passamos tanto tempo da nossa vida
tanto tempo como o que não há.
pensamos que chega, que é suficiente,
e corremos sem nunca chegar lá.
é um caminho longo, muito longo,
quase tão longo como o próprio tempo,
que a sensação de que chegámos dura pouco,
dura só e apenas, um momento.
felizmente sei onde está, ou vou sabendo.
não corro que ela aparece, que ela vem,
e que ela volta, tão depressa, num momento.
e se a procuro mais do que devia,
e se acredito como nunca seria,
apenas a perco, apenas a via.
então agradeço-te, como já o fiz, naquela noite fria.
digo-te dos teus jardins: "que belos" e da tua fonte: "que linda",
que incrível este castelo, a magia, e tudo mais que não finda.
que bela esta alegria que me deste. nunca bela em demasia,
sempre quente e nunca fria, que hoje venho recordar.
ainda a tenho, certo é, mas não igual. nunca igual.
o que temos hoje só hoje dura, o amanhã é um rival.
então brindo ao que me deste, brindarei ao que me darás,
e como o tempo que não permite, nunca voltarei atrás,
seguirei o meu próprio caminho que não sei para onde vai,
sei apenas que vou por aqui, sei apenas que me levarás.
Nem tu nem eu. Nós não.
Desfrutaremos de tudo até ao fim.
Terminou! Brindemos.
tanto tempo como o que não há.
pensamos que chega, que é suficiente,
e corremos sem nunca chegar lá.
é um caminho longo, muito longo,
quase tão longo como o próprio tempo,
que a sensação de que chegámos dura pouco,
dura só e apenas, um momento.
felizmente sei onde está, ou vou sabendo.
não corro que ela aparece, que ela vem,
e que ela volta, tão depressa, num momento.
e se a procuro mais do que devia,
e se acredito como nunca seria,
apenas a perco, apenas a via.
então agradeço-te, como já o fiz, naquela noite fria.
digo-te dos teus jardins: "que belos" e da tua fonte: "que linda",
que incrível este castelo, a magia, e tudo mais que não finda.
que bela esta alegria que me deste. nunca bela em demasia,
sempre quente e nunca fria, que hoje venho recordar.
ainda a tenho, certo é, mas não igual. nunca igual.
o que temos hoje só hoje dura, o amanhã é um rival.
então brindo ao que me deste, brindarei ao que me darás,
e como o tempo que não permite, nunca voltarei atrás,
seguirei o meu próprio caminho que não sei para onde vai,
sei apenas que vou por aqui, sei apenas que me levarás.
Nem tu nem eu. Nós não.
Desfrutaremos de tudo até ao fim.
Terminou! Brindemos.
14.8.11
tu
estranha forma de dar importância a sítios, a lugares.
a casas, escolas, ruas, jardins... até cidades e países.
de longe é neles que reside a importância, o valor.
e hoje que me despeço mais uma vez, de mais um,
e hoje que tropeço na recordação, num jejum,
não pela falta desses sítios mas das pessoas,
e elas, e as coisas, e tudo o que as fez,
choro.
e tu que vais pelo mesmo caminho, fazes-me hoje, mais uma vez,
implorar para que seja diferente. nesta certeza que sempre tive,
nesta dor que guardei para depois e nesta morte que ainda vive.
a casas, escolas, ruas, jardins... até cidades e países.
de longe é neles que reside a importância, o valor.
e hoje que me despeço mais uma vez, de mais um,
e hoje que tropeço na recordação, num jejum,
não pela falta desses sítios mas das pessoas,
e elas, e as coisas, e tudo o que as fez,
choro.
e tu que vais pelo mesmo caminho, fazes-me hoje, mais uma vez,
implorar para que seja diferente. nesta certeza que sempre tive,
nesta dor que guardei para depois e nesta morte que ainda vive.
2.2.11
anestesia
Foge...foge que urge o limite de fugir.
não sais nem vais sair, se ficares e não fugires...
no limite do que dói, na ânsia do para sempre,
é tão ténue a diferença que nem se nota a presença,
do que não podes conseguir, ou do que não queres,
ou do que tentas, ou do que que te persegue.
sabes tão bem hoje como antes, já fugiste e já ficaste.
e para além do que encontraste, nada resta nesta peça,
é ir além e voltar, é não saber onde paras, onde ficas.
Onde morres e onde acreditas que até lá podes ficar.
mas não é novo, nunca foi. nunca mudaste para melhor.
pensavas que mudarias, que mudaste, que serias,
mas não foi. e repito e repetirei, não me ouves mas gritarei,
que isto não é o melhor que terás. e ficaste.
igual, igual, igual. mudar não o faço, de novo o mesmo discurso.
falo para mim que hoje me escrevo. mas não me leio.
como se o fizesse de olhos fechados, de cérebro parado.
só com alma e amor, o suicídio que faço sem ódio ou rancor.
uma anestesia pura que me amolece mas que de vontade carece.
mas não precisa ora essa... já me toca e me arrepia,
mesmo longe penso eu. mesmo mesmo longe... penso eu.
penso eu de novo...
penso...
e penso...
não sais nem vais sair, se ficares e não fugires...
no limite do que dói, na ânsia do para sempre,
é tão ténue a diferença que nem se nota a presença,
do que não podes conseguir, ou do que não queres,
ou do que tentas, ou do que que te persegue.
sabes tão bem hoje como antes, já fugiste e já ficaste.
e para além do que encontraste, nada resta nesta peça,
é ir além e voltar, é não saber onde paras, onde ficas.
Onde morres e onde acreditas que até lá podes ficar.
mas não é novo, nunca foi. nunca mudaste para melhor.
pensavas que mudarias, que mudaste, que serias,
mas não foi. e repito e repetirei, não me ouves mas gritarei,
que isto não é o melhor que terás. e ficaste.
igual, igual, igual. mudar não o faço, de novo o mesmo discurso.
falo para mim que hoje me escrevo. mas não me leio.
como se o fizesse de olhos fechados, de cérebro parado.
só com alma e amor, o suicídio que faço sem ódio ou rancor.
uma anestesia pura que me amolece mas que de vontade carece.
mas não precisa ora essa... já me toca e me arrepia,
mesmo longe penso eu. mesmo mesmo longe... penso eu.
penso eu de novo...
penso...
e penso...
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