Foi-me roubado, foi certamente
Foi porque já não é meu, nem teu
Parece não ser de ninguém
Quando o tento dar a alguém
Sempre foi de quem o mereça
Só não o encontro, mesmo que queira
Que o tenhas e que o uses
Que o guardes e não mudes
E entretanto espero e procuro
E reservo-me no escuro
Para não chorar.
Não é justo que te veja
Que seja quem te deseja
E não te possa dizer
Amo-te sem te ver.
Entretanto fico-me porque não consigo
Porque não tenho forças para te mostrar
Para me erguer e gritar.
E sair deste escuro, deste fosso fundo
Deste só meu amargo profundo
Que ninguém parece ligar.
E se me guardo é porque te respeito
Vejo-te como um amor perfeito
Que não posso mas guardo no peito
Até ter força para gritar.
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