Barco que rodopias e não sabes onde parar.
Barco que desorientado te perdes no mar.
Guarda-me a última das ajudas que me afogo,
vim de longe e não encontro, uma forma de viver.
Está forte e rude esta calmia, que hoje me atraiçoa,
que me engole e não perdoa este ódio de te ver.
Não será mesmo ódio te confesso, nem alegria todavia.
É o mal estar de não saber, de onde parto a correr,
onde paro para beber e quando posso de novo morrer.
Afogar-me no que é fútil, no que não sou.
No que me tornei. No que me tornaste.
Numa diferença que perturba... e que não muda.
Não muda quem mudo cala mas sempre volta para insistir.
Mas irrita e incomoda do nascer ao fim do dia,
do desprezo à companhia, da diferença à empatia.
Mas não no amor. Este solta as amarras e naufraga,
ou naufraga-se enquanto revida e revive o que viveu.
Mas é amor. Não o podes mudar, não o podes esquecer,
e bem podes morrer sem nunca o prever ou controlar.
Sou rei mas não posso. Isto não posso.
Está fora do meu poder, da minha habilidade e confiança.
Está longe de ser a força de quem perdeu a esperança.
Obrigado por te conhecer. Foi um prazer.
Foi um privilégio à medida, dos meus mais antigos sonhos.
Uma loucura desmedida, quero fazê-lo de novo,
talvez não amanhã, mas sim numa outra vida.
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